sábado, 25 de junho de 2011

HISTÓRIA DA FERROVIA SOROCABANA
Autores: Antônio Carlos dos Santos, Fernando Gama dos Santos, Sheila Lopes de Lima Vilella, Rodrigo D’Alexandria Monteiro. Alunos do curso de Tecnologia em Transportes Terrestres – Fatec Barueri / 1º Semestre – Noturno  2011

               
Aqui contaremos um pouco sobre a história da Estrada de Ferro Sorocabana que corta a cidade de Barueri e se estende para o oeste paulista.
Em pesquisa aos sites Estações Ferroviárias e Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, em 2 de fevereiro de 1870 é idealizada a Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, com a união de um grupo de empresários da região de Sorocaba tendo à frente o comerciante Luís Mateus Maylasky. A construção da linha tronco com uma extensão de 110 km teve início no dia 13 de junho de 1872 e em 10 de julho de 1875 foi inaugurada com bitola métrica (de 1,00m) e via singela, servindo a região com as seguintes estações: Sorocaba, Piragibu, Pantojo, São Roque, Barueri, Barra Funda e São Paulo (atual Júlio Prestes). Na estação São Paulo ficavam os armazéns de distribuição e a via que fazia a ligação com a ferrovia São Paulo Railway por onde escoavam os produtos de Sorocaba e região até o porto de Santos .
A idéia inicial foi transportar as safras de algodão da região, mas isso a tornou deficitária, pois as receitas auferidas com esse transporte não eram suficientes e a colocou em dificuldades financeiras. Além disso, haviam acusações de desfalques e gestão ilegal sobre Maylasky, que levaram ao seu afastamento e a substituição por Francisco de Paula Mayrink. Essas mudanças repercutiram também no foco inicial da ferrovia e a partir daí, o transporte de café passou a ser sua principal carga. Com isso a Sorocabana chegou até Botucatu para alcançar as regiões cafeeiras e seguiu até Assis, onde ficavam suas oficinas.
Segundo a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, a Estrada de Ferro Sorocabana avançou por inúmeras cidades do oeste paulista, chegando a Presidente Prudente em 1919 e a Presidente Epitácio (seu ponto final) em 1922. Junto com esse avanço foram construídos vários ramais que conectavam a rede ferroviária paulista às estradas de ferro do Paraná. 
A Sorocabana passou por inúmeras mudanças de controle acionário. Em 1892 fundiu-se com a Estrada de Ferro Ituana, dando origem à Companhia União Sorocabana e Ituana.

Estação Mairinque
Mesmo com o grande volume de carga de café, a ferrovia sofria financeiramente e precisou ser liquidada, foi leiloada e arrematada em 1904 pelo governo federal. No ano seguinte, foi novamente vendida para o governo do Estado de São Paulo. O nome Ytuana desaparece dos registros oficiais, mas não da cabeça do povo da região e da própria Sorocabana, que por anos designará suas antigas linhas como Secção Ituana - agora com "I".
No site Epitácio da Memória informa-se que entre 1907 e 1919, um cartel norte-americano chamado Percival Farquhar, arrendou a Sorocabana tornando-a lucrativa até 1912. Neste mesmo ano, essa empresa enfrentou graves problemas financeiros e praticamente abandonou a ferrovia, com o passar dos anos a situação foi piorando de tal maneira que o governo do estado foi obrigado a intervir novamente para garantir a continuidade dos serviços, em 1919 no governo de Altino Arantes, reassume seu controle. 
De acordo com documentos de acervo da biblioteca da  CPTM, a Sorocabana permaneceu até 1971 sob o controle direto do estado de São Paulo, quando foi incorporada à Ferrovia Paulista S.A - FEPASA . A partir de 1995 as linhas suburbanas da antiga Sorocabana passaram a ser administradas pela CPTM. Em 1998, o governador de São Paulo, Mário Covas, transferiu a FEPASA para a União, dentro do processo de renegociação das dívidas do estado. Posteriormente a União transferiu a empresa para a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA, passando a ser denominada Malha Paulista e, então, a RFFSA privatizou as linhas para a concessionária Ferroban. Em 2006, a América Latina Logística comprou o grupo Brasil Ferrovias, que mantinha a Ferroban, e desde então vem administrando e operando toda a antiga malha ferroviária da Sorocabana. 


DECADÊNCIA E ASCENSÃO


          Baseado em artigos do professor universitário Samir Keedi, autor de diversos livros sobre transportes, logística de transporte e comércio exterior falaremos sobre a decadência e o processo de recuperação das ferrovias.

A ferrovia surgiu em meados do século XIX, e prosperou até o final da década de 40 do século XX, quando atingiu o seu ápice em termos de tamanho. A partir daí começou sua decadência, ano após ano foi diminuindo de extensão e os investimentos eram cada vez mais raros.

Podemos presumir que sua decadência deveu-se à chegada da indústria automobilística, trazida pelo presidente Juscelino Kubitschek na década de 50 do século passado. A incipiente indústria de automóveis, que existia no Brasil desde os anos 1920, recebeu o apoio político decisivo do governo JK. Para o então presidente, a premissa de avançar cinqüenta anos em cinco passava pela necessidade de incrementar a indústria automobilística, atraindo montadoras americanas e européias de caminhões e automóveis de passeio para o país.

Mas, não queremos colocar a indústria automobilística como responsável pela decadência da ferrovia. Até porque, se por acaso, fosse qual fosse o motivo, tivéssemos que escolher apenas um modo de transporte, destruindo os demais, ele seria o veículo rodoviário. E pela simples razão de que ele é o único veículo capaz de fazer transporte ponto a ponto, permitindo a distribuição de mercadorias e as levando à população em quase todos os lugares, até os mais difíceis.

Essa mudança na matriz de transporte, com transferência de cargas do modo rodoviário para o ferroviário, significaria, de imediato, uma redução nos custos de transporte. Implicando em mercadorias a preços menores nas prateleiras do varejo, com mais consumo e, também, mais poupança, pois é isso que ocorre com qualquer renda extra.

Assim, não há como se discutir a importância da ferrovia e o que ela poderia ter representando, ou o que pode vir a representar ao país.

Pena o Estado ter ficado cerca de três décadas sem realizar investimento na ferrovia, levando-a ao sucateamento e a sua pequena extensão atual. Sem contar sua velocidade média entregue, algo como 18 quilômetros por hora.

Portanto, devemos lamentar o Estado ter relegado à ferrovia a essa situação, imaginando-a descartável.

Mas nem tudo está perdido, já que o Estado resolveu, ou foi obrigado a privatizar as suas operações. O que ocorreu durante a segunda metade da década de 90, em paralelo com o ocorrido com os portos, concedendo à iniciativa privada a sua operação.

Hoje a ferrovia está renascendo, tendo aumentado cerca de 40% a quantidade da carga transportada, passando de 18% para 26%.

Pena que todo o investimento esteja sendo realizado apenas pela iniciativa privada, que o governo sempre julga um saco sem fundo, pródigo em fazer nascer dinheiro. E vale lembrar que ela pertence ao próprio Estado.

É bom que tanto o transportador rodoviário quanto o ferroviário se conscientizem da importância na distribuição de mercadorias para um país como o nosso, em especial do quanto vale o povo brasileiro, que é a razão de ser de qualquer ação econômica nacional. Sem produção ou consumo não há necessidade de transporte.

Assim, uma união entre os dois modais apenas traria melhorias e crescimento para ambos. Como ocorreu, por exemplo, com a união da ALL - América Latina Logística, empresa ferroviária, com a Dellara, transportadora rodoviária, hoje a maior empresa de logística da América Latina com base ferroviária.

Se houver uma conscientização, e essa levar a uma divisão coerente da carga, com cada um fazendo aquilo que é melhor, ambos ganharão. Utilizar as competências adequadas de cada um significa apenas dividir a carga de modo a que ambos e mais a sociedade possam tirar disso o melhor proveito.

A lógica manda que a ferrovia tenha a carga que deve ser transportada a grandes distâncias, com isso reduz seus custos finais. A rodovia, por sua vez, deve ficar com a carga a ser transportada entre pequenas distâncias, num limite julgado ótimo, com máximo de 400/500 quilômetros.

É importante observar que essas distâncias, além de boas para o custo final de transporte e, por consequência da própria mercadoria, são também ideais para o próprio transportador rodoviário.

Portanto, é fácil verificar que se o transportador rodoviário realizar apenas transportes de curta distância, maior será a sua receita relativa, cobrindo melhor seus custos.

Com o transporte ferroviário realizando a transferência de carga a grandes distâncias, e com preços mais baixos de fretes e mercadorias - cuja consequência é o aumento da atividade econômica - a economia seria alavancada e cresceria de forma sustentável.

Assim, não é difícil perceber que o transporte rodoviário e o ferroviário não são, de forma nenhuma, opostos, mas sim complementares, onde cada um precisa do outro.

Desse modo, os dois juntos representam uma poderosa ferramenta de logística a serviço da economia.

BENEFÍCIOS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO


         De acordo com Robson Fernando de Souza, articulista do blog Consciência Efervescente, o transporte ferroviário apresenta um série de vantagens em comparação com o rodoviário.

BENEFÍCIOS GERAIS:
- Fretes e tarifas são mais baratos.
- A relação entre carga ou pessoas transportadas e consumo de combustível é muito melhor do que carros, ônibus e caminhões.
- Riscos de acidente de trabalho e colisões muito menores do que carros, ônibus e caminhões.
- Apoio no desenvolvimento econômico graças ao fluxo de mercadorias e de trabalhadores e estudantes.
BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS PARA PASSAGEIROS:
- Com transporte ferroviário/metroviário de bom alcance, muito menos pessoas precisarão comprar carros para necessidades diárias (ida e vinda do trabalho ou da escola/faculdade).
- Engarrafamentos diminuem bastante.
- Transporte mais veloz (considerando que trens metropolitanos e metrôs são mais ágeis que ônibus).
- Otimização do transporte público com a devida integração com os ônibus.
- Diminuição da lotação dos ônibus.
- Diminuição dos engarrafamentos no asfalto.
BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS PARA TRANSPORTE DE CARGA:
- Mais capacidade para carregamento (cada vagão de carga transporta o mesmo que três caminhões).
- Mais segurança para transporte de material perigoso (como combustíveis e produtos químicos).
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS:
- O consumo de recursos naturais (matéria-prima e combustíveis) em trens e ferrovias é menor do que em rodovias e caminhões.
- Muito menos poluentes: as menores emissões de óxidos de nitrogênio, compostos orgânicos voláteis, monóxido de carbono e gás carbônico entre todos os meios de transporte, considerando apenas os trens não elétricos.
- Menor risco de acidentes que gerem vazamento ou explosão de cargas perigosas.
- Consumo de petróleo muito menor, considerando a fabricação de pneus rodoviários e piche de asfalto, a existência de trens elétricos e o consumo otimizado de diesel em trens não elétricos.
- Impacto ambiental muito menor no caminho e nas adjacências da estrada-de-ferro, uma vez que esta é bem mais estreita que rodovias e, ao contrário destas, ocupações humanas não encontram motivos para se desenvolver em trechos de ferrovia distantes das estações.

A ferrovia hoje tem muita importância em todos os países, mais ainda em tempos de multiplicação de carros nas cidades, escalada do preço do petróleo, emissão crescente de gases estufa e complicações no transporte aéreo (cancelamentos e atrasos de voos) – este último um problema cada vez mais evidente no Brasil, os trens aparecem como aliviadores de tantos problemas.
Acreditamos que não haja alternativa mais prática e de relação custo-benefício mais adequada que as ferrovias e metrôs, vamos começar a lutar e a nos manifestar para que os trens ganhem força e estejamos, no menor prazo possível, no nível de avanço em transporte da Europa e da Ásia, onde, ao contrário do Brasil atual, valorizam e sabem de verdade como transformar rodovias e ferrovias em entidades e mutuamente complementares.

O QUE É SUSTENTABILIDADE?


Vamos entender o que é sustentabilidade, sustentabilidade significa qualidade sustentável; segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas".
Podemos dividir em 3 principais características para melhor entendimento:
Ambiental, Econômico e Social; toda a sustentabilidade deve ter atuação nestas 3 bases, a preservação da Biodiversidade, dos Ecossistemas Naturais e a Viabilidade Econômica para sua implantação, manutenção e a garantia de que suas ações atinjam a todos os grupos humanos sem distinção social e sem ferir os valores culturais.
Vamos então destrinchar estas características para melhor visualizar este conceito, falando do âmbito Ambiental e Ecossistema, deve-se utilizar de forma moderável toda e qualquer fonte renovável, nunca extrapolando o que ela pode render, visando à própria sobrevivência do planeta, tanto no presente quando no futuro; adotar o uso de energia limpa; visar o reaproveitamento tanto de material utilizado, como do lixo produzido, direcionando para aterros sanitários visando aproveitar o gás liberado, dando energia para população que habita nas proximidades desses locais; replantio de áreas degradadas etc.
Todas estas ações são de extrema importância para a manutenção natural do meio ambiente agredido pelo avanço industrial, também temos que pensar que os seres vivos não podem ser desconectados do ambiente em que se inserem e com o qual necessitam interagir, o homem depende dos ecossistemas como suporte de vida.
Todas as alterações causadas no ambiente físico, como retenção de águas, erosões do solo, sedimentação, resíduos produzidos etc., terão um impacto direto no ecossistema, todas estas alterações devem ser previstas, e cuidadosamente analisadas, para se ter um avanço com proteção ao meio ambiente.
Falando em sustentabilidade econômica é muito mais do que uma concepção utópica ou meramente ideológica, ela foca, um empreendimento que não seja caro e que gere rápidos frutos, sendo favorável ao meio ambiente. Devemos adotar os seguintes critérios para termos um empreendimento sustentável: ecologicamente correto, ecologicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso, pensando nestes critérios, algumas medidas devem ser tomadas, no âmbito empresarial, industrial e governamental para se conquistar a sustentabilidade no progresso, sabendo usar conscientemente os recursos naturais do planeta, estar estrategicamente organizado para se evitar o impacto a má distribuição, resultando a pobreza que, fatalmente, se converte em favelas e moradias de péssima qualidade, consequentemente crescendo a violência etc. Gerar mais empregos, melhorar a distribuição de renda, para assim diminuir as diferenças sociais. Tratando de todos estes aspectos e com a cultura materialista da sociedade atual, a sustentabilidade acaba se tornando quase sem solução, pois a população depende do consumo desenfreado que a sociedade impõe.
Todas as atitudes favoráveis ao meio ambiente devem ser preservadas pela indústria, defendida e incentivada pelo governo, tanto no que se trata ao impacto absurdo que o avanço desenfreado causa a sociedade, quanto na recuperação de quaisquer ambientes depredados e dos recursos naturais utilizados, é muito comum ouvir falar de empresas que praticam sustentabilidade, porém devemos nos atentar a todas as etapas que devem ser respeitadas para se ter uma sustentabilidade correta.




SUSTENTABILIDADE NA FERROVIA

É bem difícil implantar o conceito de sustentabilidade na ferrovia, pois o transporte sobre trilhos causa bastante impacto ambiental. É necessário um estudo bem detalhado a este respeito para se evitar ao máximo a agressão do ecossistema.
Mesmo o ambiente sendo bastante agredido, ainda assim a ferrovia é um transporte que  provoca menos reflexo na fauna e na flora, e com o avanço da tecnologia, tende a prejudicar ainda menos o meio ambiente com menor uso de energia, ocupação de terreno, vibração, ruído e poluição. Por outro lado, a evolução aeroviária e automotiva tende, cada vez mais, a saturar os espaços das grandes cidades, provocando reflexos ruins como poluição, degradação da atmosfera, mal estar social, utilizando cada vez mais recursos naturais sem planejamento de reposição destes, mesmo que estes setores tenham grande evolução tecnológica, na prática o consumismo desenfreado tem causado grandes impactos ambientais, pois as indústrias capitalistas se preocupam mais com seu lucro do que com o ambiente, sendo favorecidas pela falta de políticas governamentais que assegurem a preservação do meio ambiente.

·                    Falando um pouco mais sobre sustentabilidade na ferrovia...

O Brasil tem um território extenso e uma rede ferroviária incompatível com as suas necessidades econômicas, devido à falta de política governamental para desenvolver este meio de transporte tanto de cargas como de pessoas.
Devido ao crescimento desorganizado, a mobilidade nas cidades é precária, sendo que São Paulo, por exemplo, apresenta em horários de pico, congestionamentos que chegam a 200 km, pois as ruas não comportam o volume de carros utilizados, sendo que, se fossem investidos mais recursos nas ferrovias, as pessoas poderiam migrar para este meio de transporte, onde não perderiam o conforto, a rapidez e, por consequência, o meio ambiente seria menos afetado.

“ Em números: transportamos por rodovias 58% das nossas cargas; por ferrovia, 25%; aquavia, 13%; dutovia, 3,6%; e aerovia, 0,4%. Desta forma, fica claro que há um desequilíbrio bastante grande nos investimentos do governo entre estes meios de transporte.
Em 1975, investimos 1,8% do PIB. Em 2007, menos de 0,6%. Nos Estados Unidos, a participação das ferrovias é de 43%; na China, 37%; no Canadá, 46%; e na Rússia, 81%. Um país como o nosso exigiria uma malha férrea superior a 50 mil quilômetros diante dos 28.476 km existentes. Os principais planos de infra-estrutura, como o PNTL, PAC1 e PAC2, alocam importantes recursos para as ferrovias e, através deles, deveremos ampliar a nossa malha, pelo menos em mais 20 mil quilômetros em 2023. Assim, passaremos a uma participação de 32% na matriz de transporte. [1] "
_____________________
[1]SIMEFRE-Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários

Incrementando o investimento em ferrovias, é possível ajudar a eliminar os gargalos provenientes do excesso de trânsito nas estradas e cidades, promover a integração com os diversos modais de transporte logístico, visando preservação do meio ambiente, economia para o país e agilidade nos negócios.
O transporte ferroviário é altamente ecológico. Segundo o IPEA, o consumo de combustível por tonelada transportada em uma ferrovia é de cerca de 20% do consumo de uma rodovia. O trem de carga emite 70% menos óxido de carbono (CO2) e 66% menos monóxido de carbono (CO).

Seguem algumas oportunidades para melhoria do transporte ferroviário, visando atender as necessidades ambientais:
• Estudo e ampliação do uso de locomotivas movidas a biodiesel: cada tonelada de biodiesel B-20 consumido evita a emissão de 3,5 toneladas de CO2 que ocorrem no uso de diesel mineral.
• Desenvolvimento de metodologia, a ser aprovada pela ONU, para obtenção de crédito pela não emissão de carbono.

A Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil exigirão meios de transporte eficientes e sustentáveis, é uma grande oportunidade para que haja um forte investimento nas ferrovias que, como é notório, é uma forma de transporte que se adéqua claramente às necessidades de sustentabilidade atuais e futuras. Some-se ao fato de que as outras formas de locomoção estão saturadas e necessitariam investimentos enormes para sua expansão, como criação de várias pontes, rodovias, estreitamento de leitos de rio, ampliação de aeroportos e tudo isso, fatalmente, seria extremamente ofensivo ao meio ambiente.

( Fonte: Revista Ambiente Urbano )
( Fonte: SIMEFRE - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários )






Conclusão

Demos uma passada pela história da Ferrovia Sorocabana, inaugurada em 1.872 e que tinha as estações Sorocaba, Piragibu, Pantojo, São Roque, Barueri, Barra Funda e São Paulo.
Nela transportou-se inicialmente algodão, tornando-a deficitária e agravando esta situação com má gestão financeira.
Então, o café passou a ser a principal carga, fazendo com que a linha chegasse à cidade Assis onde ficaram as oficinas. Em 1922 chega a Presidente Epitácio.
Após várias mudanças de poder acionário, leilão, compra por empresa americana, sempre deficitária, hoje está sob o controle da União com concessão de exploração dada para um grupo privado.
Vê-se que a ferrovia teve um impulso de crescimento inicial, mas foi deixada de lado a partir da era JK, que incentivou a indústria automobilística .
O Estado sempre se mostrou ineficiente para em voltar esforços efetivos para retomada do desenvolvimento deste meio de transporte, no máximo, conseguindo conceder a administração para empresas privadas.
A visão desta forma de administrar tem mudado, considerando o gargalo existente nas cidades de rodovias, obrigando a migrar para o transporte ferroviário, não como meio de competição, mas de integração com os outros modais de transporte.
Os benefícios conhecidos das ferrovias para o transporte em geral podem ser amplamente desenvolvidos, pois convergem claramente para a sustentabilidade. O papel do governo em incentivar e investir neste meio de transporte trará grandes benefícios para a sociedade, passando pela economia gerada, diminuição do trânsito das cidades, sustentabilidade, ampla possibilidade de cobertura do território nacional e competitividade com os países do mundo.




Sugestão de Passeio Cultural
Museu da E.F. Sorocabana
Inaugurado em novembro de 1997 por iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, o museu da Estrada de Ferro Sorocabana "Luiz Matheus Maylasky", está instalado numa das residências construídas em Sorocaba no final do século XIX, destinada a abrigar os engenheiros responsáveis pela construção da ferrovia.
O acervo do museu é formado basicamente por fotografias,  móveis e maquinários encontrados em antigas estações.  No porão - aberto aos visitantes - estão os destaques da exposição: miniaturas exatas de locomotivas, carros e vagões da E.F. Sorocabana, perfeitamente  reproduzidos em metal na escala 1:25.
Localização: rua Dr. Álvares Soares, 553  - Sorocaba / SP (próximo a estação ferroviária)
Horário de funcionamento: das 9:00 às 16:30 hs (de 2ª a 6ª)
Ingresso: Livre
Maiores informações pelo telefone: 0**15-231 1026

Alguns links de interesse sobre o assunto

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