segunda-feira, 27 de junho de 2011

A ACESSIBILIDADE POUCO ACESSÍVEL

Autores: Danielle Sanae Kubo, Fábio Gonçales e Fabiana Felix da Conceição. Tecnologia em Transporte Terrestre – Fatec Barueri - 1º Semestre – Noturno 2011







Acessibilidade não é somente o direito que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm de participar de atividades que incluem produtos, serviços e informações, mas também a inclusão de recursos que facilitem esta participação. Apesar de ser um direito assegurado por lei (Decreto nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2011), de ser a missão da Secretaria de Transportes Metropolitanos- STM e de ser divulgada como presente até em cartilha pelo governo (http://www.cptm.sp.gov.br/E_DESTAQUE/cartilha_acessibilidade_2010.pdf), ainda é possível encontrar muitos problemas relacionados á acessibilidade, principalmente no que diz respeito ao transporte público.


O DIREITO DE IR E VIR
Conforme a Constituição Federal, todos tem o direito de ir e vir. Acontece que no que se diz respeito a um transporte acessível, por incrível que pareça, está difícil de tornar realidade. Em plena era da tecnologia, as pessoas com deficiência ainda têm dificuldades para utilizarem trens. Isso acontece devido à falta de estrutura que lhes é oferecida, pois de acordo com o que pode ser presenciado diariamente, muitas estações da Região Metropolitana de São Paulo não têm rampas, elevadores e nem espaço para que essas pessoas possam se locomover sozinhas, sem contar com o pouco espaço que lhes é dedicado dentro das composições e com a superlotação de trens que impede que pessoas em determinadas condições possam se locomover em horários de pico e demais horários.




Imagens mostram o pouco espaço físico que existe no corredor e entre os bancos de uma das composições da Companhia de trens de São Paulo, fabricada em 1978 e operante até hoje na Linha Itapevi - Júlio Prestes.


SITUAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE TRENS
Em Barueri, na Grande São Paulo, a situação está preocupante. A cidade possui quatro estações (Antonio João, Barueri, Jardim Belval e Jardim Silveira).

- ESTAÇÃO ANTÔNIO JOÃO: possui apenas uma rampa de acesso, no entanto o embarque é dificultoso não apenas para os portadores de necessidades especiais, mas também para os demais usuários que precisam atravessar uma passarela para entrar na estação.

- ESTAÇÃO BARUERI: atualmente a estação Barueri está em reforma, no momento está disponível apenas o sanitário familiar e uma rampa de acesso. Um cadeirante, por exemplo, não consegue se dirigir a plataforma sem ajuda, pois não há elevadores e a única maneira são as escadas.

- ESTAÇÕES JARDIM BELVAL E SILVEIRA: no site da Companhia gerenciadora do transporte público ferroviário de São Paulo não é possível encontrar informações de acessibilidade para a estação Jardim Belval e Silveira. Observamos que o acesso é somente por escadas, o que torna impossível o acesso de cadeirantes sem ajuda de terceiros.





Escadas ainda são um problema para a locomoção de pessoas com deficiência física na Estação Barueri, na grande São Paulo. Elas estão por toda a parte.



CONCLUSÃO

Concluímos que à acessibilidade, apesar de ser garantida por lei, ainda é um problema para a sociedade. Há muitas coisas a serem feitas, porém não há informações de quanto tempo se demorará a que as obras sejam iniciadas e concluídas. O que sabemos é que algumas alterações como construções de rampas, instalação de elevadores, abertura de portas para permitir a passagem de uma cadeira de rodas e adaptação de banheiros resultariam em um aumento significativo de despesas que talvez, de um ponto de vista político, não compensariam ou não seriam tão necessárias, já que pouco se foi feito a estas pessoas que aguardam a boa vontade dos governantes para, quem sabe em um futuro próximo, poderem se locomover de forma digna e igualitária.

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