quarta-feira, 29 de junho de 2011

Trânsito Melhor

A Prefeitura de Barueri divulgou no início de Maio alterações no trânsito de Alphaville com a intenção de gerar maior fluidez e qualidade de vida para moradores dos residenciais e dos trabalhadores das várias empresas instaladas no Centro Comercial.
A qualidade do deslocamento das pessoas com seus veículos tem sido alvo de muitos estudos e de preocupação para os gestores da maioria das grandes e médias cidades. Hoje em dia, o desenvolvimento econômico e social leva em consideração os impactos a serem causados no trânsito de determinada região.
Paralelamente a tudo isso, muito se discute sobre as melhores formas de melhora da qualidade no deslocamento das pessoas entre a casa e o trabalho, a escola, o clube... Sabemos que há muito investimento a ser realizado em todos os lugares. As cidades menores precisam de quantidade maior de ônibus para atender os bairros rurais mais afastados e esbarram nos orçamentos pequenos e as grandes cidades, com um número considerável de ônibus e carros nas ruas, buscam alternativas para um transporte coletivo de qualidade, que atraia o público e assim consigam retirar os veículos das ruas. Metrô, VLT, corredores de ônibus, ciclovias são algumas opções que os governantes tem em um momento que parece que tudo é urgente.
Várias são as demandas para a população urbana; saúde, segurança, trabalho e saneamento básico. Há de se lembrar que em vários momentos o trânsito é levado em conta quando há decisões importantes a tomar, como o local de moradia, o tempo de deslocamento para o trabalho, o trânsito próximo da escola dos filhos, entre outros. A cada dia se torna um fator decisivo, pois a qualidade de vida está intimamente ligada ao deslocamento das pessoas de um ponto a outro.
A Prefeitura de Barueri, que tem em Alphaville o grande motor de seu desenvolvimento, entende que deve tratar com carinho a região e mostra estar atenta as necessidades ao que ocorre nessa região. Na época da implantação do empreendimento, já se imaginava um polo gerador de riqueza e desenvolvimento (e assim é),para continuar com esse ideal é preciso realizar mudanças, que são urgentes, pois andar de carro no Alphaville e Tamboré tornou-se algo torturante. As vias estão saturadas para tantos veículos que são emplacados diariamente e adentram as ruas de forma desenfreada e é dever dos órgãos de trânsito organizar esse caos urbano.
Alphaville na época de implantação do empreendimento:


Com a idéia de melhorar a fluidez e o escoamento dos veículos na região, serão realizadas algumas ações para garantir um trânsito melhor. Essas ações foram anunciadas pelo Prefeito de Barueri, Rubens Furlan, em reunião com empresários de Alphaville no início de maio. A idéia é eliminar cruzamentos, estabelecer regulação semafórica em outros e a construção de um novo acesso a Rodovia Castello Branco na região do Tamboré.
Esse complexo viário, com orçamento inicial de R$ 30 milhões será todo pago com verbas municipais e por ter interface direta com a rodovia, depende do aval do Governo do Estado e a primeira etapa já tem autorização da ARTESP (Agência Reguladora dos Transportes Públicos de São Paulo). “Este projeto ainda está parado na Artesp, e eu devo ter uma audiência com o governador Geraldo Alckmin para acelerar esse processo. Queremos iniciar esta segunda etapa ainda este ano, e acreditamos que boa parte dos problemas de trânsito na região vão se resolver com estas obras” complementou o prefeito.. Fonte: Site oficial da Prefeitura de Barueri
Imagem: Jornal Folha de Alphaville

Na inauguração da ETEC de Barueri, o Governador Geraldo Alckmin prometeu agilizar o processo de liberação junto a ARTESP, no entanto, não deu prazo para que o projeto possa sair do papel.
As melhorias são ansiosamente aguardadas pelos moradores e trabalhadores da região, que sofrem com o aumento dos problemas relacionados ao trânsito. Há de se lembrar também que um trânsito melhor não passa somente por obras de infra-estrutura, que são obviamente importantes, mas também por educação e conscientização para um trânsito melhor, com motoristas responsáveis.
Conforme matéria publicada pelo Jornal “O Estado de SãoPaulo” no dia 27 de fevereiro desse ano, as placas das praças do condomínio que pediam "Não faça surgir em Alphaville as razões que fizeram você sair de São Paulo." não deram resultado e hoje geram saudosismo de uma época que não volta mais.
Agora é pensar em melhorar o futuro...


Escrito por:Diego Moreira Bezerra,Julio Cesar dos Santos, Julio Cesar Santos, Patricia Cardial.

Transporte Coletivo na cidade de Barueri

Escrito por: Adriano Lima, Anibal Filho e Rafael Gânimo.
Tarifa
Vamos discorrer sobre a tarifa do transporte coletivo municipal de Barueri, um assunto interessante, foram realizadas diversas pesquisas a respeito da Tarifa do Transporte Coletivo, e decidimos ecrever apartir de nossas experiências já que somos moradores da cidade há 25 anos, e por isso, conhecemos bem onde residimos.
Barueri é uma cidade em constante progresso, tem hoje 64,167 km² de extensão, uma população de 240 656 habitantes, conforme (Censo do IBGE/2010). Ela é responsável pelo terceiro maior orçamento do Estado de São Paulo.
Para atender a população existem, hoje no transporte coletivo de Barueri, 20 linhas municipais e 50 linhas Intermunicipais, veja figura 1 “Linhas Municipais”:
O transporte coletivo municipal da cidade de Barueri, conta com três terminais de ônibus:
  • No centro da cidade; o Terminal Barueri (Terminal Rodoferroviário Gualberto Tolaini);
  • Na zona sul da cidade, o Terminal Jardim Silveira (Terminal Rodoviário Vereador Geraldo Correia);
  • Na zona leste da cidade, o Terminal Parque Imperial (Terminal Rod. Gumercindo Modesto de Faria).
Por meio de licitação pública, a Administração Pública de Barueri, concedeu autorização à empresa do Grupo Benfica que atua na região oeste de 1975, para explorar o transporte coletivo das linhas municipais. Essa empresa tornou-se, então, a única empresa a realizar o transporte coletivo da cidade de Barueri, com uma ampla frota de veículos (ônibus), equipados com catracas eletrônicas, é possível utilizar o cartão Benfácil, que dá direito à integração ônibus-trem e ônibus-ônibus (apenas ônibus municipais e unidirecionais para as linhas dos bairros Alphaville e Aldeia da Serra) no prazo de duas horas.
A tarifa cobrada no serviço de transporte coletivo municipal de Barueri é estipulada com base no valor cobrado pela São Paulo Transporte S.A. (SPTRANS), órgão que regulamenta as empresas de transporte coletivo da cidade de São Paulo, baseado nesta informação percebemos o quanto é injusta a cobrança para a população de Barueri.
O serviço de transporte público da cidade de São Paulo é responsável pelo traslado de 6 milhões de pessoas por dia/útil, esse número de usuários para uma cidade de 10 milhões de habitante, logo 60% da população utiliza o serviço todos os dias, distribuídos nas mais de 1300 linhas de transporte coletivo que circula pela cidade, todas interligadas, e o usuário pode se deslocar com apenas R$ 3,00 de Norte a Sul e Leste a Oeste na cidade de São Paulo.
Para realizar toda essa operação a SPTRANS conta com a participação de 16 consórcios. A quem interessar saber mais sobre os benefícios que tem o bilhete único na cidade de São Paulo acesse a página da SPTRANS http://www.sptrans.com.br/bilhete_unico/ na internet.
Baseado nos dados acima, percebemos o quanto é injusta e abusiva a tarifa do transporte coletivo na cidade de Barueri. Vejamos a seguir figuras que ilustram essa afirmação.
Percebemos nos dois exemplos acima que os trajetos são realizados apenas por coletivos de via rodoviário, são longos, com mais de duas horas e meia de duração e um valor de R$ 3,00, o usuário usufrui do benefício integração entre linhas. Numa visão mais detalhada o primeiro itinerário saiu da região central para sul e no segundo exemplo ele se desloca da região oeste para leste e consideravelmente nas partes extremas da cidade.
A seguir duas simulações em dois itinerários do transporte municipal coletivo na cidade de Barueri, vale ressaltar que são os mais longos. Pode não ter a precisão como o da SPTRANS, pois não há a mesma ferramenta de busca no site da empresa de transporte de Barueri, nem mesmo no site da prefeitura da cidade. Por isso foi realizada no GOOGLE MAPS.
Primeiro percurso Engenho Novo / Vale do Sol. A distância total entre os pontos de saída da linha 12,7 quilômetros, divididos em duas fases, pois todos os trajetos citados desembocam na região central da cidade, ou seja, no Terminal Rodoferroviário Gualberto Tolaini, para mais ou menos 80% dos usuários a região central é seu destino final, ou fazem uso do pequeno beneficio da integração (Alphaville/Aldeia da Serra). Lembramos, por exemplo, que o transportado resida em ambos os pontos (bairros) da cidade e trabalha no polo industrial do Jardim Califórnia, este desembolsará novamente o valor de R$ 2,90, valor da tarifa atual cobrada no município de Barueri.
Segundo percurso Líbano / Parque Imperial distância total entre os pontos de saída da linha sentido centro de Barueri, informações nas figuras que ilustram abaixo.
Tabela ilustrativa dos valores:

Após termos analisado os dois percursos das linhas municipais citadas, lembramos que estes são os maiores da cidade de Barueri, percebemos que ambos são menos que a metade de qualquer exemplo colocado da cidade de São Paulo, contudo a afirmação de que a tarifa cobrada no valor de R$ 2,90 nas linhas municipais de transporte coletivo da cidade de Barueri é “abusiva”, se concretiza.
Dando continuidade em nosso processo de análise, seguimos em busca de sugestão para este problema da cidade de Barueri, encontramos uma cidade com praticamente com o mesmo tamanho, geograficamente com 62,293 Km2 (WIKIPÉDIA), porém o 23º PIB do estado de São Paulo, mas um exemplo a ser seguida, a cidade em questão é Mauá localizada no grande ABC Paulista.
Durante muito tempo nas administrações públicas anteriores o serviço de transporte coletivo público de Mauá foi explorada por uma única empresa, mas desde 2010 a história mudou, pois a administração pública vigente de maneira lícita, mudou a situação existente de transporte coletivo na cidade, e desde então operam duas empresas de transporte coletivo que realizam o serviço de maneira eficaz e acessível à população.
Hoje duas empresas distintas fornecem o transporte público municipal, sendo 65% das linhas nas mãos da Viação Cidade de Mauá (VCM) e 45% sob gerenciamento da Leblon.
Com isso todos os terminais são livres para embarque e desembarque de passageiro, ou seja, a integração das linhas municipais é ilimitada, desde que seja realizada nos terminais rodoviário da cidade. Para agilizar este processo as portas de trás dos veículos são liberadas, facilitando a vida de quem utiliza o transporte público na cidade, reduzindo o tempo de espera e de viagem dos passageiros.
A cidade ainda conta com terminais centrais, aonde o trólebus chega a determinado terminal e transborda seus passageiros, que se deslocam em micro ônibus para as ruas do seu bairro.
Para cidade e a população este é um grande marco, pois ambos os lados ganharam, nas ruas da periferia não se veem mais veículos grandes, que danificam o asfalto e prejudicam o trânsito, porque ao invés de muitos carros grandes, apenas o trólebus, veículo de grande porte circulam nas principais avenidas da cidade, reduzindo o tempo do percurso e a quantidade de veículos coletivos nas principais vias. Informações detalhadas no site oficial da prefeitura de Mauá http://www.maua.sp.gov.br/onibus na internet.

Fontes de pesquisa:

segunda-feira, 27 de junho de 2011

TECNOLOGIA VLT (VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS) – A OPÇÃO IDEAL PARA O TRÂNSITO CAÓTICO DE BARUERI


Autores: Cleiton da Silva, Edilson Leandro, Gilmar José, Paulo Sandes e Rafael Luis – FATEC Barueri – Transporte Terrestre – 1º Semestre (Noturno) 2011.
 
Light rail/VLT em Dublin na Irlanda
Fonte: www.arq.ufsc.br
 O VLT (veículo leve sobre trilhos), também conhecido como Metrô Leve, nos traz o que há de melhor em tecnologia sobre trilhos, sendo inovador e ao mesmo tempo proporcionando conforto a seus usuários. A cada dia as grandes cidades precisam repensar e redesenhar os meios de mobilidade do transporte público, e agora de uma forma sustentável. O VLT oferece recursos que não necessitam de grandes alterações na parte arquitetônica das cidades.
Conforme consulta no site www.tecnologiademateriais.com.br, os VLTs oferecem diversas vantagens como conforto, o veículo é silencioso, possui janelas amplas, climatização, comunicação com o piloto, piso no mesmo nível da plataforma, capacidade de tráfego sob superfície gramada, convívio trem-automóvel-pedestre com segurança, controle operacional e perfeita adequação ao trânsito, e preserva o meio ambiente.

Os VLTs são uma solução simples e barata, aproveitando as malhas ferroviárias já existentes e existem outras formas de trilhos acoplados ao asfalto, reduzindo seu custo. Os VLTs podem utilizar diversos tipos de combustíveis, como Etanol, Biodiesel, Eletricidade, tornando-o um dos meios de transportes mais sustentáveis.
Pouco divulgado no Brasil, o VLT está presente em mais 20 países com mais de mil veículos em operação no mundo. No Brasil, há apenas uma linha em funcionamento, unindo os centros urbanos das cidades de Juazeiro do Norte a Crato, no Ceará.
Algumas cidades brasileiras com projetos de VLT:
  • Crato (CE) – Juazeiro do Norte (CE) – em funcionamento;
  • Fortaleza (CE) – em construção;
  • Recife (PE) – em construção;
  • Natal (RN) – expectativa de licitação;
  • João Pessoa (PB) - expectativa de licitação;
  • Maceió (AL) - expectativa de licitação;
  • Brasília (DF) – em construção;
  • Mogi das Cruzes (SP) - em estudo;
  • Baixada Santista (SP) - em estudo
  • São Paulo (SP) - início de estudo
  • São Bernardo do Campo (SP) - início de estudo
  • Taboão da Serra (SP) - início de estudo
  • Campinas (SP) – desativado

Em Brasília, conforme consta no site Portal do Cidadão (Metrô Leve de Brasília) - http://www.vlt.df.gov.br/, já existe uma linha em construção, com um projeto de 22,6 km divididos em três trechos. Segue abaixo, alguns dados da primeira linha de Brasília:
  • Velocidade máxima: 70/h;
  • Velocidade comercial (média): 30 km/h;
  • Veículo com 2,65 metros de largura;
  • 44 metros de comprimento (extensível para 54 metros);
  • Capacidade 550 passageiros por veículo;
  • Estimativa de 12 mil passageiros/hora/horário de pico/dia.

O VLT torna-se umas das melhores opções de melhoria no transporte coletivo de Barueri com total sustentabilidade.
É preciso inovar e redesenhar o sistema de transporte da cidade. Devido ao seu desenvolvimento é necessário uma maior atenção para o sistema de transportes urbano e intermunicipal, existe uma demanda de passageiros que não é suprida, sem contar os acessos à cidade que não atendem ao gargalo de veículos, principalmente na região em Alphaville.


VLT do Cariri, Ceará - Brasil. Liga os municípios de Juazeiro do Norte e Crato.
Fonte: http://www.arq.ufsc.br/

  Com a implantação do sistema VLT em Barueri, a população será beneficiada com a melhora na qualidade de vida, pois haverá redução da emissão de poluentes, redução no trânsito, haverá uma faixa exclusiva para os VLTs circularem sem alterar o fluxo de veículos de modo a gerar rapidez no trajeto aos principais bairros do município.
Em muitas cidades do mundo esse sistema deu certo, mudando o aspecto das ruas e dando outra cara à paisagem da cidade. Isso é inovação, pensando no futuro com responsabilidade e sustentabilidade.







Sites para consulta:
Revista Composites & Plástico de Engenharia http://www.tecnologiademateriais.com.br/consultas_tm/PDF/pr66/36-40.pdf
Portal do Cidadão (Metrô Leve de Brasília) - http://www.vlt.df.gov.br/
Soluções Sustentáveis - www.bombardier.com

Transporte Público em Barueri: Poderia se mais rápido

Grupo: Tiago Paltrinieri/Edvaldo Martins - FATEC Barueri - Transporte Terrestre - 1º Sem. Noturno


Um dos problemas encontrados no transporte público em Barueri, pelo menos para mim, é a falta de opções para quem vem de fora do município e vai, por exemplo, para o Centro de Barueri.Moro em São Paulo, mais especificamente no Jardim Anhanguera, próximo à Via Anhanguera. Para ir estudar (estudo na FATEC Barueri) é necessário pegar um ônibus até à Estação de Trem Domingos de Morais, pegar o trem até a Estação de Barueri e andar, no mínimo, 1,5 km até chegar à FATEC. A Lapa, um importante centro comercial da cidade de São Paulo, possui uma grande quantidade de linhas municipais e intermunicipais, porém não tem uma linha de ônibus direto para o centro de Barueri, o que com certeza facilitaria para os Fatecanos que não moram em Barueri e vêm daquela região pelo trem da CPTM. Outro problema são os itinerários dos ônibus que saem da região de Tamboré e vão para o Terminal Rodoferroviário de Barueri. Um roteiro que, de carro, levaria em torno de 20 min. e de ônibus leva, acredite, intermináveis 1h30min, pois o ônibus anda em círculos e passa pelo mesmo lugar várias vezes, dando a sensação que o motorista está perdido. Além disso, um dia, voltando de Tamboré, no fim da tarde, e seguindo para o Terminal Barueri, notei que os intervalos entre os ônibus são muito extensos, o que em horário de pico é totalmente inviável para os usuários do sistema de transporte de Barueri. Cheguei ao ponto de ônibus, na Alameda Araguaia, em frente à Concessionária Hyundai, o ônibus linha T154 – Terminal Barueri via Aldeia havia acabado de sair do ponto, por volta da 18h05min. Decidi então esperar o próximo ônibus da mesma linha que passou somente às 19h. Fiquei quase 1h esperando o próximo ônibus em horário de pico, o ônibus demorou 1h30min para chegar ao centro, o que me levou a pensar “E se eu trabalhasse em Tamboré e estudasse na FATEC, no centro, daria tempo pra chegar na Faculdade?”, e obviamente a resposta é não. A solução destes problemas apresentados é simples, ônibus ligando a Lapa ao Terminal Rodoferroviário de Barueri, que é um ótimo ponto de transferência de passageiros em Barueri e liga o centro a quase todos os bairros do município e, um outro ônibus, ligando Tamboré e Alphaville mais rápido ao Terminal, o que facilitaria quem trabalha na região e precisa se deslocar rapidamente ao centro, já que são bairros próximos mas devido ao trajeto do ônibus, se torna mais demorado.

Sustentabilidade

Além de afetar os usuários dos transportes públicos municipal, os trajetos demorados acarretam em mais monóxido de carbono na atmosfera (devido às voltas excessivas), desgastam peças e pneus que precisam ser repostas (o pneu, por exemplo, é um problema na hora do descarte, pois nem todas as empresas têm política ambiental), aumentando os gastos da empresa, e conseqüentemente retirando mais matérias-primas da natureza. Se os ônibus atendessem melhor a população que transita pelo município (interna e externamente), a frota de veículos particulares com certeza seria reduzida. Fora que, pensando no lado do conforto, a população que transita em Barueri ficará, sem dúvida, mais cansada ao andar nestes ônibus que parecem circulares (literalmente). Com certeza, ao serem questionados sobre a escolha entre o ônibus e seu carro, a resposta será o carro. Com esses aspectos mencionados anteriormente, a melhora nos trajetos, o menor tempo entre as saídas dos coletivos, faria com que muitos deixassem seus carros na garagem e utilizassem mais o transporte coletivo em Barueri.

O Tempo de Viagem

O Tempo de viagem influencia diretamente na produtividade das pessoas. “o serviço de transporte público urbano, além de diminuir a produtividade dos usuários pelo desconforto durante o tempo de viagem, contribui também para a discriminação socioeconômica das comunidades pobres, pela isolação e inacessibilidade das oportunidades de bem-estar social coletivo: educação, saúde e lazer.” (Amouzou, Koffi Djima, 2000, p. 47). Neste caso, devemos pensar que o tempo de viagem demasiado interfere na sociedade, o que deveria ser revisto pela empresa de transporte Benfica.

"PROGRAMA BARUERI SUSTENTÁVEL"

GRUPO: RONALDO, FREDERICO E MARCOS
PROFA. VILMA


Com o desenvolvimento econômico e crescimento das cidade e, consequentemente, de suas frotas veículares, o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503/97) veio instituir como atributo primordial para a segurança veícular a inspeção veícular (Artigo 104).

Tendo isso, e inspirada pelo decreto do município de São Paulo, Barueri, através do Decreto 6.870 de 29 de junho de 2010 (Ou AQUI.), oficializou o programa Barueri Sustentável, coordenado pela Secretária de Recursos Naturais e Meio Ambiente do municipio de Barueri.

Constitui objeto geral do programa a inserção da questão ambiental na Administração Pública Municipal, implantando critérios de sustentabilidade às secretarias e órgãos vinculados, mediante a realização dos seguintes objetivos especificos:

a) estimular o funcionalismo público a incorporar os aspectos ambientais no seu local de trabalho;
b) aprender a reduzir o desperdício no consumo de recursos naturais;
c) incrementar a participação dos servidores no programa de Coleta Seletiva;
d) promover ações locais de sustentatibilidade, estimulando parcerias entre a Administração Pública e demais esferas do poder público, a iniciativa privada e a sociedade cívil organizada.

APRESENTAÇÃO:

O desenvolvimento a qualquer custo apoiado no consumo desenfreado de recursos naturais, a perpetuação da vida no planeta está em risco. Uma questão que se tem tornado evidente é a qualidade do ar que respiramos, principalmente nos grandes centros urbanos, onde o aumento gradativo da frota de veículos automotores circulante, movida pela combustão de combustíveis em maior parte fóssil, leva a saturação do ar com propagação de substâncias nocivas e seus efeitos sobre a saúde.
A Prefeitura Municipal de Barueri criou para si a avaliação veicular da frota de veículos que lhe prestam serviços como exemplo a ser seguido pela preservação dos índices de qualidade do ar a assegurar o bem estar da sua população.

IDENTIFICAÇÃO:
Nome: Inspeção veícular da frota a diesel própria e terceirizada da administração publica;
Tema Central: Qualidade do ar, Poluição Atmosférica e Saúde Pública;
Promoção: Prefeitura Municipal de Barueri
Coordenação: Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente;
Colaboração: Secretária dos Assuntos de Segurança e Secretaria de Esportes;
Público Alvo: Frota de veículos a diesel que servem a Prefeitura Municipal;
Local onde foi realizado: Estacionamento do Ginásio de Esportes José Correa e Alameda Esagih Sales Nemer.
Datas e horários: 23/04/2010 e 15/05/2010.

OBJETIVOS:
Avaliação das condições de regulagem dos motores movidos a calor de combustão alimentados a óleo diesel baseada na qualidade da emissão de gases da combustão por emprego do cartão de escala de Ringelmann.

JUSTIFICATIVAS:
Pesquisa do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, revelaram que cerca de 10% das mortes de idosos e pessoas debilitadas, 7% da mortandade infantil é de 15 à 20% das internações de crianças por doenças respiratórias estão relacionadas a poluição do ar.

AVALIAÇÃO DO EVENTO NO DIA 23/04/2010:
Coube aos agentes de trânsito, proceder a montagem dos 05 boxes estabelecidos para os trabalho, com cones e fitas zebradas, assim como orientar a entrada e saída de veículos. Ao ingressar no Box, as fichas eram preenchidas com dados do conduor e do veículo. Concluída a avaliação, o resultado anotado, foi solicitada a assinatura do documento, sendo que a segunda via entregue ao condutor do veículo. Dados da Avaliação Veicular apontaram que 100% dos veículos inscritos; 68,53% foram vistoriados, 14,64% foram reprovados, e 85,36% foram aprovados.


FONTES:
Ricardo Pinto Filho (Depto. de Controle Ambiental)
Yara Maria Garbelotto ( Depto. de Planejamento Ambiental)
Ary Alves Ferreia ( Depto. de Planejamento Ambiental)
Agradecimento em especial a Sra. Yara Maria Garbelotto ( Depto. de Planejamento Ambiental).

A ACESSIBILIDADE POUCO ACESSÍVEL

Autores: Danielle Sanae Kubo, Fábio Gonçales e Fabiana Felix da Conceição. Tecnologia em Transporte Terrestre – Fatec Barueri - 1º Semestre – Noturno 2011







Acessibilidade não é somente o direito que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm de participar de atividades que incluem produtos, serviços e informações, mas também a inclusão de recursos que facilitem esta participação. Apesar de ser um direito assegurado por lei (Decreto nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2011), de ser a missão da Secretaria de Transportes Metropolitanos- STM e de ser divulgada como presente até em cartilha pelo governo (http://www.cptm.sp.gov.br/E_DESTAQUE/cartilha_acessibilidade_2010.pdf), ainda é possível encontrar muitos problemas relacionados á acessibilidade, principalmente no que diz respeito ao transporte público.


O DIREITO DE IR E VIR
Conforme a Constituição Federal, todos tem o direito de ir e vir. Acontece que no que se diz respeito a um transporte acessível, por incrível que pareça, está difícil de tornar realidade. Em plena era da tecnologia, as pessoas com deficiência ainda têm dificuldades para utilizarem trens. Isso acontece devido à falta de estrutura que lhes é oferecida, pois de acordo com o que pode ser presenciado diariamente, muitas estações da Região Metropolitana de São Paulo não têm rampas, elevadores e nem espaço para que essas pessoas possam se locomover sozinhas, sem contar com o pouco espaço que lhes é dedicado dentro das composições e com a superlotação de trens que impede que pessoas em determinadas condições possam se locomover em horários de pico e demais horários.




Imagens mostram o pouco espaço físico que existe no corredor e entre os bancos de uma das composições da Companhia de trens de São Paulo, fabricada em 1978 e operante até hoje na Linha Itapevi - Júlio Prestes.


SITUAÇÃO NAS ESTAÇÕES DE TRENS
Em Barueri, na Grande São Paulo, a situação está preocupante. A cidade possui quatro estações (Antonio João, Barueri, Jardim Belval e Jardim Silveira).

- ESTAÇÃO ANTÔNIO JOÃO: possui apenas uma rampa de acesso, no entanto o embarque é dificultoso não apenas para os portadores de necessidades especiais, mas também para os demais usuários que precisam atravessar uma passarela para entrar na estação.

- ESTAÇÃO BARUERI: atualmente a estação Barueri está em reforma, no momento está disponível apenas o sanitário familiar e uma rampa de acesso. Um cadeirante, por exemplo, não consegue se dirigir a plataforma sem ajuda, pois não há elevadores e a única maneira são as escadas.

- ESTAÇÕES JARDIM BELVAL E SILVEIRA: no site da Companhia gerenciadora do transporte público ferroviário de São Paulo não é possível encontrar informações de acessibilidade para a estação Jardim Belval e Silveira. Observamos que o acesso é somente por escadas, o que torna impossível o acesso de cadeirantes sem ajuda de terceiros.





Escadas ainda são um problema para a locomoção de pessoas com deficiência física na Estação Barueri, na grande São Paulo. Elas estão por toda a parte.



CONCLUSÃO

Concluímos que à acessibilidade, apesar de ser garantida por lei, ainda é um problema para a sociedade. Há muitas coisas a serem feitas, porém não há informações de quanto tempo se demorará a que as obras sejam iniciadas e concluídas. O que sabemos é que algumas alterações como construções de rampas, instalação de elevadores, abertura de portas para permitir a passagem de uma cadeira de rodas e adaptação de banheiros resultariam em um aumento significativo de despesas que talvez, de um ponto de vista político, não compensariam ou não seriam tão necessárias, já que pouco se foi feito a estas pessoas que aguardam a boa vontade dos governantes para, quem sabe em um futuro próximo, poderem se locomover de forma digna e igualitária.

sábado, 25 de junho de 2011

HISTÓRIA DA FERROVIA SOROCABANA
Autores: Antônio Carlos dos Santos, Fernando Gama dos Santos, Sheila Lopes de Lima Vilella, Rodrigo D’Alexandria Monteiro. Alunos do curso de Tecnologia em Transportes Terrestres – Fatec Barueri / 1º Semestre – Noturno  2011

               
Aqui contaremos um pouco sobre a história da Estrada de Ferro Sorocabana que corta a cidade de Barueri e se estende para o oeste paulista.
Em pesquisa aos sites Estações Ferroviárias e Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, em 2 de fevereiro de 1870 é idealizada a Companhia Estrada de Ferro Sorocabana, com a união de um grupo de empresários da região de Sorocaba tendo à frente o comerciante Luís Mateus Maylasky. A construção da linha tronco com uma extensão de 110 km teve início no dia 13 de junho de 1872 e em 10 de julho de 1875 foi inaugurada com bitola métrica (de 1,00m) e via singela, servindo a região com as seguintes estações: Sorocaba, Piragibu, Pantojo, São Roque, Barueri, Barra Funda e São Paulo (atual Júlio Prestes). Na estação São Paulo ficavam os armazéns de distribuição e a via que fazia a ligação com a ferrovia São Paulo Railway por onde escoavam os produtos de Sorocaba e região até o porto de Santos .
A idéia inicial foi transportar as safras de algodão da região, mas isso a tornou deficitária, pois as receitas auferidas com esse transporte não eram suficientes e a colocou em dificuldades financeiras. Além disso, haviam acusações de desfalques e gestão ilegal sobre Maylasky, que levaram ao seu afastamento e a substituição por Francisco de Paula Mayrink. Essas mudanças repercutiram também no foco inicial da ferrovia e a partir daí, o transporte de café passou a ser sua principal carga. Com isso a Sorocabana chegou até Botucatu para alcançar as regiões cafeeiras e seguiu até Assis, onde ficavam suas oficinas.
Segundo a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, a Estrada de Ferro Sorocabana avançou por inúmeras cidades do oeste paulista, chegando a Presidente Prudente em 1919 e a Presidente Epitácio (seu ponto final) em 1922. Junto com esse avanço foram construídos vários ramais que conectavam a rede ferroviária paulista às estradas de ferro do Paraná. 
A Sorocabana passou por inúmeras mudanças de controle acionário. Em 1892 fundiu-se com a Estrada de Ferro Ituana, dando origem à Companhia União Sorocabana e Ituana.

Estação Mairinque
Mesmo com o grande volume de carga de café, a ferrovia sofria financeiramente e precisou ser liquidada, foi leiloada e arrematada em 1904 pelo governo federal. No ano seguinte, foi novamente vendida para o governo do Estado de São Paulo. O nome Ytuana desaparece dos registros oficiais, mas não da cabeça do povo da região e da própria Sorocabana, que por anos designará suas antigas linhas como Secção Ituana - agora com "I".
No site Epitácio da Memória informa-se que entre 1907 e 1919, um cartel norte-americano chamado Percival Farquhar, arrendou a Sorocabana tornando-a lucrativa até 1912. Neste mesmo ano, essa empresa enfrentou graves problemas financeiros e praticamente abandonou a ferrovia, com o passar dos anos a situação foi piorando de tal maneira que o governo do estado foi obrigado a intervir novamente para garantir a continuidade dos serviços, em 1919 no governo de Altino Arantes, reassume seu controle. 
De acordo com documentos de acervo da biblioteca da  CPTM, a Sorocabana permaneceu até 1971 sob o controle direto do estado de São Paulo, quando foi incorporada à Ferrovia Paulista S.A - FEPASA . A partir de 1995 as linhas suburbanas da antiga Sorocabana passaram a ser administradas pela CPTM. Em 1998, o governador de São Paulo, Mário Covas, transferiu a FEPASA para a União, dentro do processo de renegociação das dívidas do estado. Posteriormente a União transferiu a empresa para a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA, passando a ser denominada Malha Paulista e, então, a RFFSA privatizou as linhas para a concessionária Ferroban. Em 2006, a América Latina Logística comprou o grupo Brasil Ferrovias, que mantinha a Ferroban, e desde então vem administrando e operando toda a antiga malha ferroviária da Sorocabana. 


DECADÊNCIA E ASCENSÃO


          Baseado em artigos do professor universitário Samir Keedi, autor de diversos livros sobre transportes, logística de transporte e comércio exterior falaremos sobre a decadência e o processo de recuperação das ferrovias.

A ferrovia surgiu em meados do século XIX, e prosperou até o final da década de 40 do século XX, quando atingiu o seu ápice em termos de tamanho. A partir daí começou sua decadência, ano após ano foi diminuindo de extensão e os investimentos eram cada vez mais raros.

Podemos presumir que sua decadência deveu-se à chegada da indústria automobilística, trazida pelo presidente Juscelino Kubitschek na década de 50 do século passado. A incipiente indústria de automóveis, que existia no Brasil desde os anos 1920, recebeu o apoio político decisivo do governo JK. Para o então presidente, a premissa de avançar cinqüenta anos em cinco passava pela necessidade de incrementar a indústria automobilística, atraindo montadoras americanas e européias de caminhões e automóveis de passeio para o país.

Mas, não queremos colocar a indústria automobilística como responsável pela decadência da ferrovia. Até porque, se por acaso, fosse qual fosse o motivo, tivéssemos que escolher apenas um modo de transporte, destruindo os demais, ele seria o veículo rodoviário. E pela simples razão de que ele é o único veículo capaz de fazer transporte ponto a ponto, permitindo a distribuição de mercadorias e as levando à população em quase todos os lugares, até os mais difíceis.

Essa mudança na matriz de transporte, com transferência de cargas do modo rodoviário para o ferroviário, significaria, de imediato, uma redução nos custos de transporte. Implicando em mercadorias a preços menores nas prateleiras do varejo, com mais consumo e, também, mais poupança, pois é isso que ocorre com qualquer renda extra.

Assim, não há como se discutir a importância da ferrovia e o que ela poderia ter representando, ou o que pode vir a representar ao país.

Pena o Estado ter ficado cerca de três décadas sem realizar investimento na ferrovia, levando-a ao sucateamento e a sua pequena extensão atual. Sem contar sua velocidade média entregue, algo como 18 quilômetros por hora.

Portanto, devemos lamentar o Estado ter relegado à ferrovia a essa situação, imaginando-a descartável.

Mas nem tudo está perdido, já que o Estado resolveu, ou foi obrigado a privatizar as suas operações. O que ocorreu durante a segunda metade da década de 90, em paralelo com o ocorrido com os portos, concedendo à iniciativa privada a sua operação.

Hoje a ferrovia está renascendo, tendo aumentado cerca de 40% a quantidade da carga transportada, passando de 18% para 26%.

Pena que todo o investimento esteja sendo realizado apenas pela iniciativa privada, que o governo sempre julga um saco sem fundo, pródigo em fazer nascer dinheiro. E vale lembrar que ela pertence ao próprio Estado.

É bom que tanto o transportador rodoviário quanto o ferroviário se conscientizem da importância na distribuição de mercadorias para um país como o nosso, em especial do quanto vale o povo brasileiro, que é a razão de ser de qualquer ação econômica nacional. Sem produção ou consumo não há necessidade de transporte.

Assim, uma união entre os dois modais apenas traria melhorias e crescimento para ambos. Como ocorreu, por exemplo, com a união da ALL - América Latina Logística, empresa ferroviária, com a Dellara, transportadora rodoviária, hoje a maior empresa de logística da América Latina com base ferroviária.

Se houver uma conscientização, e essa levar a uma divisão coerente da carga, com cada um fazendo aquilo que é melhor, ambos ganharão. Utilizar as competências adequadas de cada um significa apenas dividir a carga de modo a que ambos e mais a sociedade possam tirar disso o melhor proveito.

A lógica manda que a ferrovia tenha a carga que deve ser transportada a grandes distâncias, com isso reduz seus custos finais. A rodovia, por sua vez, deve ficar com a carga a ser transportada entre pequenas distâncias, num limite julgado ótimo, com máximo de 400/500 quilômetros.

É importante observar que essas distâncias, além de boas para o custo final de transporte e, por consequência da própria mercadoria, são também ideais para o próprio transportador rodoviário.

Portanto, é fácil verificar que se o transportador rodoviário realizar apenas transportes de curta distância, maior será a sua receita relativa, cobrindo melhor seus custos.

Com o transporte ferroviário realizando a transferência de carga a grandes distâncias, e com preços mais baixos de fretes e mercadorias - cuja consequência é o aumento da atividade econômica - a economia seria alavancada e cresceria de forma sustentável.

Assim, não é difícil perceber que o transporte rodoviário e o ferroviário não são, de forma nenhuma, opostos, mas sim complementares, onde cada um precisa do outro.

Desse modo, os dois juntos representam uma poderosa ferramenta de logística a serviço da economia.

BENEFÍCIOS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO


         De acordo com Robson Fernando de Souza, articulista do blog Consciência Efervescente, o transporte ferroviário apresenta um série de vantagens em comparação com o rodoviário.

BENEFÍCIOS GERAIS:
- Fretes e tarifas são mais baratos.
- A relação entre carga ou pessoas transportadas e consumo de combustível é muito melhor do que carros, ônibus e caminhões.
- Riscos de acidente de trabalho e colisões muito menores do que carros, ônibus e caminhões.
- Apoio no desenvolvimento econômico graças ao fluxo de mercadorias e de trabalhadores e estudantes.
BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS PARA PASSAGEIROS:
- Com transporte ferroviário/metroviário de bom alcance, muito menos pessoas precisarão comprar carros para necessidades diárias (ida e vinda do trabalho ou da escola/faculdade).
- Engarrafamentos diminuem bastante.
- Transporte mais veloz (considerando que trens metropolitanos e metrôs são mais ágeis que ônibus).
- Otimização do transporte público com a devida integração com os ônibus.
- Diminuição da lotação dos ônibus.
- Diminuição dos engarrafamentos no asfalto.
BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS PARA TRANSPORTE DE CARGA:
- Mais capacidade para carregamento (cada vagão de carga transporta o mesmo que três caminhões).
- Mais segurança para transporte de material perigoso (como combustíveis e produtos químicos).
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS:
- O consumo de recursos naturais (matéria-prima e combustíveis) em trens e ferrovias é menor do que em rodovias e caminhões.
- Muito menos poluentes: as menores emissões de óxidos de nitrogênio, compostos orgânicos voláteis, monóxido de carbono e gás carbônico entre todos os meios de transporte, considerando apenas os trens não elétricos.
- Menor risco de acidentes que gerem vazamento ou explosão de cargas perigosas.
- Consumo de petróleo muito menor, considerando a fabricação de pneus rodoviários e piche de asfalto, a existência de trens elétricos e o consumo otimizado de diesel em trens não elétricos.
- Impacto ambiental muito menor no caminho e nas adjacências da estrada-de-ferro, uma vez que esta é bem mais estreita que rodovias e, ao contrário destas, ocupações humanas não encontram motivos para se desenvolver em trechos de ferrovia distantes das estações.

A ferrovia hoje tem muita importância em todos os países, mais ainda em tempos de multiplicação de carros nas cidades, escalada do preço do petróleo, emissão crescente de gases estufa e complicações no transporte aéreo (cancelamentos e atrasos de voos) – este último um problema cada vez mais evidente no Brasil, os trens aparecem como aliviadores de tantos problemas.
Acreditamos que não haja alternativa mais prática e de relação custo-benefício mais adequada que as ferrovias e metrôs, vamos começar a lutar e a nos manifestar para que os trens ganhem força e estejamos, no menor prazo possível, no nível de avanço em transporte da Europa e da Ásia, onde, ao contrário do Brasil atual, valorizam e sabem de verdade como transformar rodovias e ferrovias em entidades e mutuamente complementares.

O QUE É SUSTENTABILIDADE?


Vamos entender o que é sustentabilidade, sustentabilidade significa qualidade sustentável; segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas".
Podemos dividir em 3 principais características para melhor entendimento:
Ambiental, Econômico e Social; toda a sustentabilidade deve ter atuação nestas 3 bases, a preservação da Biodiversidade, dos Ecossistemas Naturais e a Viabilidade Econômica para sua implantação, manutenção e a garantia de que suas ações atinjam a todos os grupos humanos sem distinção social e sem ferir os valores culturais.
Vamos então destrinchar estas características para melhor visualizar este conceito, falando do âmbito Ambiental e Ecossistema, deve-se utilizar de forma moderável toda e qualquer fonte renovável, nunca extrapolando o que ela pode render, visando à própria sobrevivência do planeta, tanto no presente quando no futuro; adotar o uso de energia limpa; visar o reaproveitamento tanto de material utilizado, como do lixo produzido, direcionando para aterros sanitários visando aproveitar o gás liberado, dando energia para população que habita nas proximidades desses locais; replantio de áreas degradadas etc.
Todas estas ações são de extrema importância para a manutenção natural do meio ambiente agredido pelo avanço industrial, também temos que pensar que os seres vivos não podem ser desconectados do ambiente em que se inserem e com o qual necessitam interagir, o homem depende dos ecossistemas como suporte de vida.
Todas as alterações causadas no ambiente físico, como retenção de águas, erosões do solo, sedimentação, resíduos produzidos etc., terão um impacto direto no ecossistema, todas estas alterações devem ser previstas, e cuidadosamente analisadas, para se ter um avanço com proteção ao meio ambiente.
Falando em sustentabilidade econômica é muito mais do que uma concepção utópica ou meramente ideológica, ela foca, um empreendimento que não seja caro e que gere rápidos frutos, sendo favorável ao meio ambiente. Devemos adotar os seguintes critérios para termos um empreendimento sustentável: ecologicamente correto, ecologicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso, pensando nestes critérios, algumas medidas devem ser tomadas, no âmbito empresarial, industrial e governamental para se conquistar a sustentabilidade no progresso, sabendo usar conscientemente os recursos naturais do planeta, estar estrategicamente organizado para se evitar o impacto a má distribuição, resultando a pobreza que, fatalmente, se converte em favelas e moradias de péssima qualidade, consequentemente crescendo a violência etc. Gerar mais empregos, melhorar a distribuição de renda, para assim diminuir as diferenças sociais. Tratando de todos estes aspectos e com a cultura materialista da sociedade atual, a sustentabilidade acaba se tornando quase sem solução, pois a população depende do consumo desenfreado que a sociedade impõe.
Todas as atitudes favoráveis ao meio ambiente devem ser preservadas pela indústria, defendida e incentivada pelo governo, tanto no que se trata ao impacto absurdo que o avanço desenfreado causa a sociedade, quanto na recuperação de quaisquer ambientes depredados e dos recursos naturais utilizados, é muito comum ouvir falar de empresas que praticam sustentabilidade, porém devemos nos atentar a todas as etapas que devem ser respeitadas para se ter uma sustentabilidade correta.




SUSTENTABILIDADE NA FERROVIA

É bem difícil implantar o conceito de sustentabilidade na ferrovia, pois o transporte sobre trilhos causa bastante impacto ambiental. É necessário um estudo bem detalhado a este respeito para se evitar ao máximo a agressão do ecossistema.
Mesmo o ambiente sendo bastante agredido, ainda assim a ferrovia é um transporte que  provoca menos reflexo na fauna e na flora, e com o avanço da tecnologia, tende a prejudicar ainda menos o meio ambiente com menor uso de energia, ocupação de terreno, vibração, ruído e poluição. Por outro lado, a evolução aeroviária e automotiva tende, cada vez mais, a saturar os espaços das grandes cidades, provocando reflexos ruins como poluição, degradação da atmosfera, mal estar social, utilizando cada vez mais recursos naturais sem planejamento de reposição destes, mesmo que estes setores tenham grande evolução tecnológica, na prática o consumismo desenfreado tem causado grandes impactos ambientais, pois as indústrias capitalistas se preocupam mais com seu lucro do que com o ambiente, sendo favorecidas pela falta de políticas governamentais que assegurem a preservação do meio ambiente.

·                    Falando um pouco mais sobre sustentabilidade na ferrovia...

O Brasil tem um território extenso e uma rede ferroviária incompatível com as suas necessidades econômicas, devido à falta de política governamental para desenvolver este meio de transporte tanto de cargas como de pessoas.
Devido ao crescimento desorganizado, a mobilidade nas cidades é precária, sendo que São Paulo, por exemplo, apresenta em horários de pico, congestionamentos que chegam a 200 km, pois as ruas não comportam o volume de carros utilizados, sendo que, se fossem investidos mais recursos nas ferrovias, as pessoas poderiam migrar para este meio de transporte, onde não perderiam o conforto, a rapidez e, por consequência, o meio ambiente seria menos afetado.

“ Em números: transportamos por rodovias 58% das nossas cargas; por ferrovia, 25%; aquavia, 13%; dutovia, 3,6%; e aerovia, 0,4%. Desta forma, fica claro que há um desequilíbrio bastante grande nos investimentos do governo entre estes meios de transporte.
Em 1975, investimos 1,8% do PIB. Em 2007, menos de 0,6%. Nos Estados Unidos, a participação das ferrovias é de 43%; na China, 37%; no Canadá, 46%; e na Rússia, 81%. Um país como o nosso exigiria uma malha férrea superior a 50 mil quilômetros diante dos 28.476 km existentes. Os principais planos de infra-estrutura, como o PNTL, PAC1 e PAC2, alocam importantes recursos para as ferrovias e, através deles, deveremos ampliar a nossa malha, pelo menos em mais 20 mil quilômetros em 2023. Assim, passaremos a uma participação de 32% na matriz de transporte. [1] "
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[1]SIMEFRE-Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários

Incrementando o investimento em ferrovias, é possível ajudar a eliminar os gargalos provenientes do excesso de trânsito nas estradas e cidades, promover a integração com os diversos modais de transporte logístico, visando preservação do meio ambiente, economia para o país e agilidade nos negócios.
O transporte ferroviário é altamente ecológico. Segundo o IPEA, o consumo de combustível por tonelada transportada em uma ferrovia é de cerca de 20% do consumo de uma rodovia. O trem de carga emite 70% menos óxido de carbono (CO2) e 66% menos monóxido de carbono (CO).

Seguem algumas oportunidades para melhoria do transporte ferroviário, visando atender as necessidades ambientais:
• Estudo e ampliação do uso de locomotivas movidas a biodiesel: cada tonelada de biodiesel B-20 consumido evita a emissão de 3,5 toneladas de CO2 que ocorrem no uso de diesel mineral.
• Desenvolvimento de metodologia, a ser aprovada pela ONU, para obtenção de crédito pela não emissão de carbono.

A Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil exigirão meios de transporte eficientes e sustentáveis, é uma grande oportunidade para que haja um forte investimento nas ferrovias que, como é notório, é uma forma de transporte que se adéqua claramente às necessidades de sustentabilidade atuais e futuras. Some-se ao fato de que as outras formas de locomoção estão saturadas e necessitariam investimentos enormes para sua expansão, como criação de várias pontes, rodovias, estreitamento de leitos de rio, ampliação de aeroportos e tudo isso, fatalmente, seria extremamente ofensivo ao meio ambiente.

( Fonte: Revista Ambiente Urbano )
( Fonte: SIMEFRE - Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários )






Conclusão

Demos uma passada pela história da Ferrovia Sorocabana, inaugurada em 1.872 e que tinha as estações Sorocaba, Piragibu, Pantojo, São Roque, Barueri, Barra Funda e São Paulo.
Nela transportou-se inicialmente algodão, tornando-a deficitária e agravando esta situação com má gestão financeira.
Então, o café passou a ser a principal carga, fazendo com que a linha chegasse à cidade Assis onde ficaram as oficinas. Em 1922 chega a Presidente Epitácio.
Após várias mudanças de poder acionário, leilão, compra por empresa americana, sempre deficitária, hoje está sob o controle da União com concessão de exploração dada para um grupo privado.
Vê-se que a ferrovia teve um impulso de crescimento inicial, mas foi deixada de lado a partir da era JK, que incentivou a indústria automobilística .
O Estado sempre se mostrou ineficiente para em voltar esforços efetivos para retomada do desenvolvimento deste meio de transporte, no máximo, conseguindo conceder a administração para empresas privadas.
A visão desta forma de administrar tem mudado, considerando o gargalo existente nas cidades de rodovias, obrigando a migrar para o transporte ferroviário, não como meio de competição, mas de integração com os outros modais de transporte.
Os benefícios conhecidos das ferrovias para o transporte em geral podem ser amplamente desenvolvidos, pois convergem claramente para a sustentabilidade. O papel do governo em incentivar e investir neste meio de transporte trará grandes benefícios para a sociedade, passando pela economia gerada, diminuição do trânsito das cidades, sustentabilidade, ampla possibilidade de cobertura do território nacional e competitividade com os países do mundo.




Sugestão de Passeio Cultural
Museu da E.F. Sorocabana
Inaugurado em novembro de 1997 por iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, o museu da Estrada de Ferro Sorocabana "Luiz Matheus Maylasky", está instalado numa das residências construídas em Sorocaba no final do século XIX, destinada a abrigar os engenheiros responsáveis pela construção da ferrovia.
O acervo do museu é formado basicamente por fotografias,  móveis e maquinários encontrados em antigas estações.  No porão - aberto aos visitantes - estão os destaques da exposição: miniaturas exatas de locomotivas, carros e vagões da E.F. Sorocabana, perfeitamente  reproduzidos em metal na escala 1:25.
Localização: rua Dr. Álvares Soares, 553  - Sorocaba / SP (próximo a estação ferroviária)
Horário de funcionamento: das 9:00 às 16:30 hs (de 2ª a 6ª)
Ingresso: Livre
Maiores informações pelo telefone: 0**15-231 1026

Alguns links de interesse sobre o assunto